Londres é uma das cidades com as melhores conexões de transporte. Seja ônibus, metrô ou trem, é impossível você não encontrar uma rota que te leve ao seu destino.
Quando você estiver passeando pelas ruas da parte central de Londres, vai notar que há pouca movimentação de carros e, quando há, geralmente são táxis. Isso porque a população é muito adepta ao uso do transporte coletivo, seja por motivos financeiros ou por consciência ambiental.
Dito isso, não tenha medo de se arriscar e usar o transporte em Londres, porque essa será uma economia significativa na sua viagem.
Para ajudar você a entender como os transportes funcionam, resolvi explicar tudo detalhadamente aqui neste post.
1. Metrô – Tube
1.1 Organização do Metrô de Londres: Linhas, Cores e Direções
A linha de metrô mais antiga do mundo é de Londres, pioneira nessa modalidade. Hoje, conta com 11 linhas identificadas por nomes e cores. Como a maioria dos nomes pode ser difícil de decorar, sugiro que você comece a se familiarizar pelas cores.

Todas as estações indicam o lado da cidade para o qual o trem está indo. Por exemplo, se na placa estiver escrito “southbound”, significa que a direção é para o sul da cidade. Mas calma, você também não precisa se localizar por direções, pois em cada estação há uma lista com todas as paradas daquele trem, e você deve seguir na direção em que aparece a sua estação de destino.
A imagem abaixo pode ajudar, então suponhamos que você está na estação Picadilly Circus, e queria ir para a estação King’s Cross St Pancreas, você deve olhar na placa, procurar para qual lado está a estação que você deseja chegar e seguir a seta que for indicada. No nosso exemplo seria Eastebound – plataforma 3.

1.2 Como Pagar o Metrô de Londres: Cartão Contactless, Oyster Card
Londres facilita muito esse aspecto, pois toda a rede de transporte coletivo funciona com contactless, ou seja, basta você ter um cartão de crédito/débito internacional para usar o transporte, sem precisar comprar cartões ou bilhetes extras.
Ao chegar numa estação, você pode ir direto para as catracas e passar seu cartão físico ou Apple Pay, como se fosse uma compra. A catraca abrirá para você passar. E não se esqueça de fazer o mesmo na saída: você deve encostar seu cartão mais uma vez para conseguir sair na estação de destino. Assim, o sistema de transporte de Londres – o TFL – consegue definir o preço a ser pago, de acordo com o total percorrido.
Entretanto, caso você não use cartão de crédito ou prefira um método mais tradicional, é possível adquirir nas estações o cartão específico para o transporte público, chamado Oyster Card. Porém, esse cartão tem um custo de £7, que pode ser reembolsado caso você devolva o cartão no final da viagem.
Comprando o Oyster Card, você poderá passar na catraca encostando o cartão no mesmo lugar onde passa o cartão de crédito. Geralmente, é um círculo amarelo.
1.3 Preços do Metrô de Londres: Tarifas, Zonas, Daily Cap e Travelcard Semanal
Os preços do metrô variam dependendo da zona em que você está (falo um pouco sobre as zonas neste post aqui), do horário (off-peak), do deslocamento e, claro, de quantas vezes você usar o transporte naquele dia.
Mas não precisa se desesperar, pois existe um limite máximo (daily cap) que você pagará por dia, dependendo de quantas zonas percorreu. Portanto, mesmo que use o metrô várias vezes ao dia, no final você pagará apenas o teto máximo.
Abaixo, coloquei uma tabela com os preços das passagens unitárias, caso faça uma ou duas viagens no dia, e também o teto máximo a ser pago. Considerei que suas viagens ocorrerão fora do horário de pico (7h às 9h e 17h às 19h nos dias úteis – segunda a sexta-feira):
Zonas percorridas | Preço unitário (off-peak) | Daily cap (limite diário) |
Zona 1 | £2.80 | £8.50 |
Zonas 1–2 | £3.00 | £8.50 |
Zonas 1–3 | £3.40 | £10.10 |
Zonas 1–4 | £3.70 | £12.30 |
Zonas 1–5 | £4.30 | £14.30 |
Zonas 1–6 | £5.00 | £15.60 |
Zonas 2–3 (sem zona 1) | £1.90 | £8.30 |
Zonas 2–4 (sem zona 1) | £2.40 | £8.30 |
Eu, particularmente, só acho que vale a pena comprar o Oyster Card se você for passar pelo menos 7 dias em Londres, porque poderá comprar o passe de 7 dias, que fica mais barato do que usando o contactless, se você considerar que vai usar o teto máximo todos os dias.
Segue a tabela de preço semanal do Oyster Card:
Zonas | Preço (£) |
Zonas 1–2 | £44.70 |
Zonas 1–3 | £52.50 |
Zonas 1–4 | £64.20 |
Zonas 1–5 | £76.40 |
Zonas 1–6 | £81.60 |
Zonas 1–7 | £88.90 |
Zonas 1–8 | £104.90 |
Zonas 1–9 | £116.40 |
Se você optar pelo Oyster, saiba que ele começa a contar a partir do dia em que você adicionar saldo, não importa o dia da semana, e valerá por 7 dias corridos. É válido para viagens ilimitadas nas zonas adquiridas, incluindo metrô, ônibus, DLR, Overground e trens nacionais dentro de Londres.
2. Ônibus e Trem em Londres: Como Economizar e Circular pela Cidade
Embora o metrô seja o transporte mais famoso e usado em Londres, a cidade também conta com uma ótima mobilidade por ônibus — aqueles famosos ônibus vermelhos de dois andares — e trem, chamados Overground.
Esses dois tipos de transporte são mais baratos que o metrô e podem ajudar a economizar ainda mais na sua viagem. Veja os preços abaixo:
Se usar só ônibus e trem no dia:
Tipo de transporte | Preço unitário | Daily cap |
Ônibus e tram | £1.75 | £5.25 |
Nesses tipos de transporte, a zona não importa, pois os preços se mantêm iguais independente de onde você esteja.
2.1 Prós e Contras do Ônibus e Trem (Overground) em Londres
a) Ônibus
- Positivos:
- Você pode ir observando a cidade, quase como um city tour enquanto se desloca.
- Existem inúmeras rotas de ônibus em Londres, então normalmente você terá várias opções para chegar no seu destino.
- Negativos:
- Nem sempre são regulares. Diferentemente do metrô, os ônibus às vezes demoram para passar e não há um indicativo real do tempo de espera. Então, se tiver algum compromisso com hora marcada e optar pelo ônibus, é melhor sair com bastante antecedência.
- Trânsito: às vezes um trajeto que levaria 10-15 minutos pode demorar 40 minutos, o que pode fazer você perder algum passeio.
b) Trem
- Positivos:
- Embora não sejam tão frequentes quanto o metrô (que chega a sair a cada 2 minutos), é possível consultar os horários e se programar para chegar no trem certo.
- Negativos:
- Os pontos mais centrais, onde ficam os principais pontos turísticos, geralmente não têm acesso por trem. Os trens alcançam mais os bairros afastados, então nem sempre você terá um trem próximo para usar.
